Celulares, tablets e outros gadgets lançados a cada ano impressionam por sua crescente velocidade e capacidade. Mas, o que muitos de nós não sabemos é que existem tecnologias muito mais impressionantes já sendo desenvolvidas e que podem mudar a forma com que lidamos com o mundo – mais ou menos como os smartphones fizeram há cerca de seis anos.
Veja abaixo nove exemplos de tecnologias dignas de filmes de ficção científica descobertas por cientistas de hoje. Não se impressione se elas chegarem à sua casa antes do que você imagina.
Nanofibra
A nanofibra é um material fibroso extremamente fino (menos que 100 nanômetros) que funciona de maneira muito eficaz para criar filtros para materiais pequenos. Um exemplo disso é o sal, uma vez que os grãos são muito grandes para passar através dos furos de uma tela feita de nanofibras.
No futuro, as nanofibras poderão ser usadas em filtros para transformar a água dos oceanos em potável: a solução para nossos problemas com a escassez de água. A tecnologia já existe, mas o custo de produção ainda é alto demais.
Chip microfluídico
Esse pequeno dispositivo é tão pequeno que poderia circular livremente na corrente sanguínea de uma pessoa. Porque é coberto com DNA, o chip não sofre refeição do corpo e pode ser usado para combater o câncer de uma maneira extremamente eficaz e não-intrusiva, pois consegue absorver células cancerígenas sem causar efeitos colaterais nos pacientes.
O chip microfluídico é capaz ainda de armazenar as células defeituosas, portanto os cientistas podem estudá-las ao retirar o material do corpo do paciente sem precisar fazer biópsias.
Supercapacitores de grafeno
Grafeno é um material super leve e resistente, o melhor nesses quesitos já manuseados pelo ser humano e, ao que parece, poderia compor capacitores infinitamente mais poderosos que os que temos hoje.
Na prática, um supercapacitor de grafeno poderia equipar baterias que duram tanto quanto as atuais, mas que carregam em muito menos tempo. Isso influencia diretamente na forma que lidamos com nossos gadgets móveis e, principalmente, na adoção de veículos elétricos.
O grafeno já pode ser produzido em larga escala, portanto essa é uma tecnologia que não deve tardar muito até chegar aos consumidores finais. Já pensou poder carregar um carro elétrico em alguns poucos minutos ou o celular em segundos?
DNA como meio de armazenamento
A forma mais rápida dos meios de armazenamento populares hoje é o SSD, o disco de estado sólido que equipa os chamados ultrabooks. Porém, estudos com novas tecnologias de armazenamento de informação já indicam que podemos guardar bits – informação digital – no DNA.
Cientistas conseguiram gravar em moléculas de DNA um arquivo de áudio de um discurso de Martin Luther King Jr., uma foto, uma cópia do artigo científico de Watson e Crick sobre DNA e 154 sonetos de Shakespeare. Depois, eles foram capazes de recuperar todos os dados com 99,99% de precisão, tão eficiente quanto os HDs ou SSDs de hoje.
Quando a tecnologia estiver popularizada, poderemos gravar terabytes de informação em unidades microscópicas de armazenamento, fazendo computadores e outros dispositivos com memória muito menores e mais leves também.
D-metionina
Cientistas descobriram que essa substância protege os ouvidos contra altas cargas de ruídos, fazendo dela uma aliada essencial para trabalhadores da construção ou da indústria. Adaptada em uma cápsula, bastaria ingeri-la como um remédio qualquer para preserva a audição mesmo após longos períodos de exposição a ruídos.
Comunicação entre cérebros
Uma equipe de cientistas de Harvard está desenvolvendo uma forma extremamente avançada de comunicação entre humanos e até entre humanos e animais. Já há maneiras de ligar dois cérebros e estabelecer comunicação neural capaz de controlar o corpo de outra pessoa ou realizar uma espécie de conversa por ‘telepatia’.
Os cientistas da renomada universidade norte-americana já conseguiram realizar experimentos com essa tecnologia em animais, e os resultados são promissores. Daqui a algum tempo, quem sabe conseguiremos inclusive conversar com nossos bichos de estimação?
Memristor
Toda a capacidade computacional que temos à nossa disposição é criada graças a chips feitos com indutores, capacitores e resistores. No entanto, o memristor – mistura de ‘memória’ com ‘resistor’ – é um quarto componente ainda não popularizado nos circuitos atuais e que pode significar um aumento exponencial na velocidade dos sistemas elétricos.
A HP é uma das empresas que vem trabalhando forte para utilizar esse novo recurso, que promete tornar processos de fabricação mais simples e baratos, gerando celulares, tablets e computadores mais rápidos e mais eficientes energeticamente.
Tinta de célula solar
Pesquisadores da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, desenvolveram uma tinta que, ao aplicada em uma superfície condutora de eletricidade, consegue captar a energia solar a transformá-la em energia elétrica para alimentar qualquer circuito eletrônico.
A tinta solar foi criada a partir de nanopartículas de dióxido de titânio misturadas com sulfureto de cádimo e mergulhadas em uma solução de água e álcool. Ao fim do processo, que não requer nenhum material especial, obteve-se uma espécie de pasta que pode ser aplicada como uma tinta. Em resumo, você poderá no futuro abastecer sua casa de energia solar pintando o teto metálico da sua casa. Incrível, não?
Fotografia Femto
A luz não faz curvas, certo? Mas, com essa tecnologia fotográfica, é possível capturar imagens de objetos obstruídos por meio da detecção de sua ‘impressão de luz’. A fotografia femto é uma tecnologia que permite capturas de imagem em slow motion em escala de um trilhão de segundos, o que significa que, pela primeira vez, podemos ver a luz se movimentando no espaço.
Como a fotografia é nada mais que a captura de luz refletida pelos objetos, a fotografia femto conseguiria ver a luz refletida por um objeto perpassar o espaço nitidamente, portanto não precisaria que a lente estivesse apontada diretamente ao alvo. Seria como se você pudesse fotografar alguém na rua antes que pessoa virasse a esquina.
Via TechTudo
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