O iPhone 6 será lançado oficialmente em alguns países nesta sexta-feira (19), trazendo à tona as já conhecidas filas intermináveis e a euforia dos fãs da Apple. Entretanto, a pouco menos de 48 horas do lançamento no Eaton Centre, em Toronto, Canadá, não há fãs ou consumidores. Pelo contrário, quem ocupa os primeiros lugares da fila são pessoas e empresas interessadas em fechar negócio.
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Aos 45 anos de idade, Frank Crankon ostenta uma camisa que diz “Sou o primeiro da fila para o iPhone 6″. A motivação para o canadense, porém, não é a oportunidade de ser o primeiro a tocar no aguardado smartphone da Apple. Ele está ali por outra pessoa que comprou o “direito” de ser o primeiro felizardo.
Segundo Frank, é comum que pessoas paguem empresas que para enviar funcionários que guardem seu lugar em filas de lançamentos da Apple. O valor gira em torno dos C$ 200 (cerca de R$ 430), mas pode variar de acordo com a quantidade de dias que antecedem o lançamento.
Na fila por um desconhecido
Até que a Apple comece a vender o novo iPhone 6 e o iPhone 6 Plus, o indiano Ishan Vadera, 23 anos, terá aguardado cerca de 72 horas. Assim como Frank, o jovem também foi contratado por um desconhecido para guardar seu lugar na fila da Apple Store. Entretanto, apenas parte do tempo ocorre dentro do shopping, que fecha às 21h30 min e só reabre às 10h30 min do dia seguinte.
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Ishan trabalha para um serviço online, em que as pessoas podem anunciar quanto estão dispostas a pagar para que outras façam tarefas diversas. Caso o cliente goste do perfil da pessoa, o acordo é fechado. Entretanto, até o momento da compra, o jovem não saberá a identidade do “Apple Fan”.
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Ishan Vadera acredita ainda que a procura pelo iPhone 6 será maior do que pelos modelos anteriores, graças às mudanças do novo aparelho. A mesma euforia e oportunidade de negócios não ocorre, porém, em outros lançamentos. “Você vê isso com outra fabricante? Nem aSamsung atrai tanto interesse. Essa movimentação absolutamente só acontece com a Apple”, disse.
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Empresas também veem oportunidades
O lançamento de um novo iPhone não atrai só pessoas dispostas a vender seu tempo na fila, mas também pequenas companhias interessadas em divulgar seus serviços. Os sócios Bianca Torchia e Bruno Wong, por exemplo, também chegaram mais cedo à fila. A procura de ambos, contudo, não é pelos novos aparelhos, mas sim pelos modelos antigos dos smartphones.
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Cofundadora da Orchard, uma empresa especializada na venda de iPhones usados, Bianca Torchia explica que seu objetivo é oferecer orientação aos consumidores que desejam vender seus telefones após adquirirem um dos lançamentos. Segundo ela, a empresa recém-criada avalia o estado dos aparelhos através de um aplicativo para iOS, faz estimativa de preços e, em seguida, dá dicas de onde encontrar compradores. Ao fim do processo, eles ficam com 20% da transação.
Tops de linhaAndroidperdem valor muito rápido
Bianca Torchia, da Orchard
“A Apple é a única empresa confiável para a revenda de aparelhos, dada a qualidade dos seus produtos. Ela lança poucos produtos por ano. O mesmo, por exemplo, não ocorre com os tops de linha Android, que perdem valor muito rápido”, explica Bianca.
As portas da Apple Store e de outras lojas do ramo se abrem às 8h da manhã desta sexta-feira (17), 9h no horário de Brasília, dando início à euforia em diversos pontos da cidade.
Antes que os cofres da Apple fiquem ainda mais cheios, porém, o iPhone 6 continuará representando uma oportunidade de renda para diversas pessoas.
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